Estatística
Indivíduo ou Unidade Estatística
População
É uma coleção de unidades individuais, que podem ser, entre outras, pessoas, animais, resultados experimentais, com uma ou mais características em comum, que se pretende analisar.
A cada um dos elementos da população dá-se o nome de indivíduo ou unidade estatística.
Relacionadas com as características numéricas do indivíduo.
As variáveis quantitativas dividem - se em :
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Discretas : aquelas que não admitem outro valor entre dois valores distintos e consecutivos . Por exemplo, número de irmãos, ano de nascimento ...
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Contínuas : aquelas que podem tomar uma infinidade de valores entre dois valores dados . Por exemplo , o peso, a altura ...
Quando os seus valores são expressos por modalidades não quantificáveis.
Por exemplo , marca de telemóvel , dia da semana ...
Variáveis qualitativas
Noções de Estatística
Recorre-se cada vez mais à estatística para melhor conhecer a realidade e para fundamentar a tomada de decisões em relação ao futuro.
Desta forma, face a determinados fenómenos, é feita a recolha, a observação e o registo de dados que, por si só, não são suficientes para um melhor conhecimento desses fenómenos. Cria-se, assim, a necessidade de organizar e trabalhar toda a informação recolhida, através de técnicas de construção de tabelas, de gráficos e de cálculo de determinadas medidas (estatísticas), de modo a resumir e a facilitar a compreensão dos fenómenos em estudo.
Todos estes procedimentos fazem parte do que se denomina estatística descritiva ou análise exploratória de dados.
A Estatística, de uma forma genérica, pode ser encarada como um conjunto de métodos que permite recolher, organizar, analisar e interpretar dados.
Um pouco de História de Estatística
Crê-se que as origens da estatística estão ligadas ao antigo Egipto e aos censos chineses de há 4000 anos, aproximadamente.
Desde essa época, diversos estados realizaram estudos sobre algumas características das suas populações, suas riquezas, possessões, etc.
Em 1662, John Graunt, um mercador Inglês, publicou um livro sobre os nascimentos e óbitos ocorridos em Londres; o livro tinha conclusões acerca de certos aspetos relacionados com estes acontecimentos. Esta obra é considerada como o ponto de partida da estatística moderna.
A palavra estatística começou a usar-se no século XVIII, na Alemanha, relacionada com estudos em que os grandes números, que representavam dados, eram de grande importância para o Estado. Contudo, a estatística moderna desenvolveu-se no século XX a partir dos estudos de Karl Pearson.
Hoje a estatística tem grande importância, não só por que apresenta informação, como também permite inferir e predizer o que vai acontecer, e portanto, é uma ferramenta fundamental na hora de tomar decisões importantes.
Amostra
Recenseamento ou Censo
Variáveis quantitativas:
Há estudos estatísticos sobre populações em que é impossível observar todas as unidades estatísticas ou, apesar de ser possível, não é aconselhável por razões económicas e de operacionalidade. Nestes casos, recorre-se a um subconjunto da população a que se dá o nome de amostra.
Há duas situações em que o recurso a uma amostra é obrigatório:
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- quando a dimensão da população é infinita;
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- se a observação implicar a destruição de unidades estatísticas.
É um estudo estatístico de uma população que implica a observação de todos os seus elementos.
Sondagem é um estudo estatístico de uma população feito através de uma amostra.
São muito frequentes estudos que se enquadram numa destas situações. Por exemplo:
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Fazer um estudo sobre a temperatura ambiente, numa cidade, a uma determinada hora. Não é possível conhecer a temperatura em todos os pontos da cidade. Neste caso, são selecionados alguns pontos, onde será feito o registo da temperatura.
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Fazer um estudo sobre o valor nutritivo dos ovos produzidos num aviário. Neste caso, não é viável analisar todos os ovos, pois implicaria a destruição de toda a produção.
O uso indevido da Estatística
Ao processo de seleção de uma amostra de uma dada população chama-se amostragem.
Há vários métodos de amostragem cuja aplicação nem sempre é fácil de modo a obter amostras representativas da população.
Um estudo estatístico feito a partir de uma amostra não representativa da população - amostra enviesada -, ou seja, uma amostra cujas propriedades são diferentes das propriedades da população, conduz a conclusões que se afastam da realidade.
Exemplos de más amostras:
Amostra 1 - selecionar e questionar, à saída do cinema, um conjunto de pessoas para conhecer os hábitos dos portugueses em relação às idas ao cinema;
Amostra 2 - questionar, numa estação do metro, um conjunto de pessoas para conhecer os hábitos de utilização de transportes públicos dos habitantes de uma cidade;
Amostra 3 - selecionar, através da lista telefónica, um conjunto de pessoas a entrevistar com o objetivo de obter o grau de satisfação da população acerca da atuação do Governo.
Torna-se evidente que cada uma das três amostras referidas não reflete a diversidade de situações que existem na população.
Por exemplo, na amostra 1 não estão representados os portugueses que não vão ao cinema.
Para que uma amostra seja considerada representativa da população tem de obedecer a determinadas características, de que se destacam:
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a amostra deve ser escolhida de forma aleatória;
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a dimensão da amostra deve ser tal que as características da população sejam bem evidenciadas.